quinta-feira, 12 de março de 2015

Um dia de chuva

Poça de água no chão,  no chão de um dia de setembro,  era gélida,  transparente e pura. Nesse mesmo dia tinham crianças,  suas cores deixavam aquele dia cinza, nebuloso e triste,  alegre e colorido,  e sua felicidade contagiou até a poça gélida e sem graça.  As crianças foram chegando uma a uma, em direção a rua, brincando de amarelinha, com suas botas de borracha  naquele chão húmedo do dia de setembro.
Aquelas crianças, estavam tão contentes,  tão bonitas e tão coloridas com suas capas de chuva e botas de borracha que a poça gélida convidou uma a uma para brincar com elas, cada uma ao ritmo da amarelinha foi pulando na poça que foi ficando cada vez mais colorida com as cores amarelo, vermelho e azul, que eram as cores das crianças.
A felicidade era tanta naquela ruazinha, que os vizinhos começaram a sair com suas botas e capa de chuvas coloridas ao ritmo da amarelinha, as árvores começaram a dançar entre si ao ritmo daquela sintonia,  e toda a rua dançou e se coloriu com tanta harmonia ao ritmo daquela amarelinha, que aquele dia de chuva gélido e cinzento foi o mais feliz da minha vida.
Por Lina Alejandra

segunda-feira, 9 de março de 2015

Em branco- Lina Alejandra

Me deparo com uma página em branco. Esperando que nela sejam revelados meus segredos, que nela pousem as palavras que expressam meus sentimentos, minhas vontades... mas nada posso escrever pois o que sinto dentro de mim não poderia ser descrito nem pelo mais amplo significado de uma palavra.
Cabe a mim achar outro jeito de soltar esses sentimentos confusos e intensos.
E deixar essa linda e branca página em branco, à espera de que algum dia possa, finalmente,  ser usada para revelar minhas palavras.